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Foto: Flora Dolores
Marcio Ronny não pode mais contar com veículo O homem que foi chamado de herói e quase perdeu a vida nos atentados de janeiro de 2014 está pedindo ajuda. Márcio Ronny da Cruz Nunes teve 75% do corpo queimado ao tentar salvar as filhas de Juliane Carvalho, entre elas a menina Ana Clara, de 6 anos, que morreu dias depois por causa das queimaduras. Hoje, mais de um ano depois do fatídico dia, ele diz que está sendo negligenciado pelo Governo, que retirou o apoio. Segundo conta o homem, a principal dificuldade, até agora, está sendo enfrentar a falta do transporte que o levava diariamente para fazer tratamento fisioterapia. Até o começo do ano, havia um veículo, disponibilizado pela Secretaria de Estado da Saúde, que o pegava em casa e o levava até a clínica. Este ano, no entanto, esse veículo não foi mais liberado para buscá­lo. Com isso, os R$ 1 mil que ele recebe mensalmente como pensão do Governo do Estado, agora tem de ser dividida entre medicamentos, alimentação para ele, seus cinco filhos e a mulher, prestação da casa, e transporte. Para abril, a dificuldade está na viagem que fará a Goiânia. O tratamento das queimaduras que Márcio Ronny sofreu deve prosseguir por pelo menos dois anos, com o auxilio de vários medicamentos, e ele tem de voltar à capital do estado de Goiás a cada três meses para avaliar a evolução de seu quadro médico. Segundo contou, as passagens para essa viagem já estão garantidas, apesar de ele ainda não saber se realmente vai, pois o valor gasto diariamente com cada ida é superior ao que recebe do Governo. Para se ter um exemplo, somente gastos com hotel, para ele e a irmã chegam a R$ 150,00, enquanto as diárias pagas pelo governo são de R$ 24,75, e só chegam um mês depois dos gastos. Por mês, o que compra em medicamento, para dores, pele e até para dormir, ultrapassa 40% do que recebe como pensão. Além disso, ele faz fisioterapia todos os dias, de segunda a sexta­feira. Sem poder trabalhar, ele perdeu a força dos músculos dos braços, devido à profundidade das queimaduras, o movimento do pé esquerdo, e também não pode ficar muito tempo ao sol. Márcio Ronny não tem outra fonte de renda. Atentado ­ Na noite de sexta­feira, dia 3 de janeiro de 2014, bandidos incendiaram quatro ônibus e atacaram duas delegacias na Região Metropolitana de São Luís. O ataque foi orquestrado de dentro da Penitenciária de Pedrinhas e terminou com cinco pessoas feridas: Juliane Carvalho Santos, na época com 22 anos; suas filhas Ana Clara Santos Souza, de 6 anos, e Lorrane Beatriz Santos, de 1 ano e cinco meses, Márcio Ronny da Cruz Nunes, de 36 anos, e Abyancy Silva Santos, de 35 anos. Márcio Ronny teve 75% do corpo queimado ao tentar salvar a menina Ana Clara, que morreu poucos dias depois. Por causa disso, ele passou três meses internado em um hospital de Goiânia para tratar as lesões causadas pelo fogo, passou por três cirurgias, incluindo enxertos de pele, e, após voltar para o Maranhão, ainda precisa continuar o tratamento das queimaduras. Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que já entrou em contato com Márcio Ronny da Cruz e que todas as pendências estão sendo analisadas e resolvidas até o dia 24 de março. A SES reiterou, ainda, que todas as providências serão tomadas no sentido de proporcionar o pleno atendimento dele, inclusive garantindo medicação que não foi disponibilizada ao paciente. Ajuda Quem quiser ajudar Márcio Ronny da Cruz pode efetuar depósito na agência 2645­X e conta corrente 3666­92, Banco do Brasil.

fonte/O Estado 

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