A internet está indo a loucura com essa questão — que já pode estar superando a máxima do 'ser ou não ser?'.

Tudo começou quando a uma internauta postou em seu Tumblr Swiked a imagem acima com a pergunta: "Gente, por favor, me ajudem! Este vestido é branco e dourado ou azul e preto? Eu e meus amigos não conseguimos chegar a um consenso e estamos enlouquecendo com isso!". Não demorou para os comentários pipocarem no Tumblr da jovem e, claro, algumas palavras referentes ao vestido subirem nos Trending Topics Mundiais #WhiteandGold. No Brasil também apareceram as menções #TheDress e Preto.
CIÊNCIAS EXPLICA:“O problema surge ao nível dos fotorrecetores da retina responsáveis pela visão das cores – os cones” [ver glossário], explica Miguel Amaro, membro da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, esclarecendo que existem diferentes tipos de daltonismo.
De acordo com o estudo de Miguel Neiva, apenas 9,7% dos daltónicos sabe concretamente qual o tipo de que é portador. O Ciência 2.0 explica-lhe as diferenças:
- A monocromacia ou visão acromática ocorre quando há apenas perceção de luminosidade verificando-se a chamada “visão a preto e branco”, que permite apenas a distinção entre diferentes tons de cinza.
- A dicromacia resulta da ausência de um tipo específico de cones. A ausência de cones "vermelhos" (protanopia) resulta na impossibilidade de discriminar cores no segmento verde-amarelo-vermelho do espetro; a ausência de cones "verdes" (deuteranopia) impede também a discriminação de cores no segmento verde-amarelo-vermelho; a ausência de cones "azuis" (tritanopia) afeta a visão de cores na faixa azul-amarelo.
- Por último, a tricromacia anómala resulta de uma mutação no pigmento dos fotorrecetores dos cones, e manifesta-se em três anomalias distintas: a presença de uma mutação nos “cones vermelhos” (protanomalia) resulta numa menor sensibilidade ao vermelho e no seu escurecimento, podendo levar à confusão entre vermelho e preto; a mutação nos “cones verdes” (deuteranomalia) dificulta a discriminação do verde e é responsável por cerca de metade dos casos de daltonismo; a anomalia nos "cones azuis" (tritanomalia) é a forma mais rara de daltonismo e impossibilita a discriminação de cores na faixa do azul-amarelo.
“O olho humano tem a capacidade de distinguir 2 milhões de cores enquanto que os anómalos vêm entre 50% e 70% destas, e os dicromatas menos de 1%”, afirma Sérgio Nascimento, docente da Universidade do Minho e especialista em colorimetria e visão de cores.

Tudo começou quando a uma internauta postou em seu Tumblr Swiked a imagem acima com a pergunta: "Gente, por favor, me ajudem! Este vestido é branco e dourado ou azul e preto? Eu e meus amigos não conseguimos chegar a um consenso e estamos enlouquecendo com isso!". Não demorou para os comentários pipocarem no Tumblr da jovem e, claro, algumas palavras referentes ao vestido subirem nos Trending Topics Mundiais #WhiteandGold. No Brasil também apareceram as menções #TheDress e Preto.
CIÊNCIAS EXPLICA:“O problema surge ao nível dos fotorrecetores da retina responsáveis pela visão das cores – os cones” [ver glossário], explica Miguel Amaro, membro da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, esclarecendo que existem diferentes tipos de daltonismo.
De acordo com o estudo de Miguel Neiva, apenas 9,7% dos daltónicos sabe concretamente qual o tipo de que é portador. O Ciência 2.0 explica-lhe as diferenças:
- A monocromacia ou visão acromática ocorre quando há apenas perceção de luminosidade verificando-se a chamada “visão a preto e branco”, que permite apenas a distinção entre diferentes tons de cinza.
- A dicromacia resulta da ausência de um tipo específico de cones. A ausência de cones "vermelhos" (protanopia) resulta na impossibilidade de discriminar cores no segmento verde-amarelo-vermelho do espetro; a ausência de cones "verdes" (deuteranopia) impede também a discriminação de cores no segmento verde-amarelo-vermelho; a ausência de cones "azuis" (tritanopia) afeta a visão de cores na faixa azul-amarelo.
- Por último, a tricromacia anómala resulta de uma mutação no pigmento dos fotorrecetores dos cones, e manifesta-se em três anomalias distintas: a presença de uma mutação nos “cones vermelhos” (protanomalia) resulta numa menor sensibilidade ao vermelho e no seu escurecimento, podendo levar à confusão entre vermelho e preto; a mutação nos “cones verdes” (deuteranomalia) dificulta a discriminação do verde e é responsável por cerca de metade dos casos de daltonismo; a anomalia nos "cones azuis" (tritanomalia) é a forma mais rara de daltonismo e impossibilita a discriminação de cores na faixa do azul-amarelo.
“O olho humano tem a capacidade de distinguir 2 milhões de cores enquanto que os anómalos vêm entre 50% e 70% destas, e os dicromatas menos de 1%”, afirma Sérgio Nascimento, docente da Universidade do Minho e especialista em colorimetria e visão de cores.