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Amostras de sangue coletadas em pacientes serão reanalisadas, mas há indicação de que o Zika Vírus está sendo espalhado pelo Aedes aegypti, transmissor da dengue

  

O Ministério da Saúde (MS), com base em avaliação preliminar das amostras de sangue recolhidas de pacientes do Maranhão e de outros estados brasileiros, informou em nota encaminhada ontem a O Estado que os resultados preliminares apontam para a existência de Zika Vírus, tipo novo no território nacional e que seria o responsável pelos casos desconhecidos de virose no estado. Ainda de acordo com a pasta (com base nos estudos feitos no Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Bahia), o Zika Vírus está sendo espalhado pelo mosquito Aedes Aegypti, o mesmo que transmite a dengue.


Para confirmar o diagnóstico do MS, amostras analisadas na instituição baiana de ensino superior foram encaminhadas para o Instituto Evandro Chagas, no Pará, e para o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos. De acordo com a pasta, somente após a confirmação dos testes na instituição paraense e norte­americana será possível confirmar a circulação do Zika Vírus no país.


Sintomas ­ Ainda segundo o MS, “o Zika Vírus tem evolução benigna” e é caracterizada por “febre baixa, hiperemia conjuntival [olhos vermelhos] sem secreção e sem coceira, artralgia [dores em articulação] e exantema maculo­papular [erupção cutânea com pontos brancos ou vermelhos]”, além de dores musculares, dor de cabeça e dor nas costas. A pasta esclarece ainda que a doença – tratada anteriormente como desconhecida – tem um período de incubação de aproximadamente 4 dias, no entanto, os sinais e os sintomas podem durar até 7 dias, dependendo do paciente.


O Governo Federal esclarece ainda que, até o momento, devido ao vírus, não foi registrado qualquer óbito no país e as medidas de prevenção contra a enfermidade são as mesmas já adotadas para a dengue e febre chikungunya. De acordo com o MS, o tratamento é sintomático e baseado no uso de paracetamol para febre e dor, conforme orientação médica. A pasta esclarece ainda que, para a virose, não é aconselhável o uso de ácido acetilsalicílico e drogas anti­inflamatórias “devido ao risco aumentado de complicações hemorrágicas”, informou o MS.

Por fim, a pasta esclarece que os profissionais de saúde lotados em hospitais e unidades deverão estar atentos aos casos suspeitos de dengue, incluído recomendações casuais como repouso e ingestão de líquido para minimizar os efeitos da enfermidade.

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